Criança Pataxó corre risco de morte por desassistência de órgão do Ministério da Saúde 4i1k5x
Por Luana Luizy, 6gp6s
de Brasília
Na Terra Indígena Coroa Vermelha, nas proximidades de Porto Seguro, Bahia, a criança Ponãhĩ Braz Pataxó está em estado grave de saúde. Desde novembro do ano ado espera por uma cirurgia, mas até o momento o procedimento não foi providenciado pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). Este é mais um dos vários exemplos do descaso à saúde indígena no Brasil.
Ponãhĩ estava com verminose. Em função do problema, realizou um procedimento cirúrgico em 2011. Entretanto, seu intestino ficou parcialmente do lado de fora e ela necessita urgentemente de outra cirurgia que o realoque. A Sesai, órgão vinculado ao Ministério da Saúde, ficou encarregada de oferecer assistência para a criança, o que segundo relatos dos familiares não aconteceu.
“Fizemos todos os exames que pediram e encaminhamos para a Sesai, que engavetou o processo, simplesmente abandonando-o. A Sesai precisa ter o compromisso com a saúde indígena, que ela faça seu papel”, afirma Nitywawã Pataxó, tia da criança.
A Sesai de Porto Seguro alega não possuir recursos e infraestrutura suficientes para tratar de Ponãhĩ. Nestas situações o órgão encaminha o caso em questão para a central,
“A culpa da lentidão do processo não é nossa, e sim do hospital. Há fila de espera. A Sesai tem feito o acompanhamento da criança”, diz Edileusa Silva, agente istrativa da Sesai em Salvador.
A família declara que o pai da criança só ganha um salário mínimo e possui quatro filhos, não tendo, portanto, condições de bancar os custos referentes ao problema da filha. Os parentes solicitam apoio estrutural da Sesai, pois a situação de Ponãhĩ Braz é bastante crítica. “Estamos desesperados. A face de Ponãhĩ está muito inchada e uma quantidade absurda de pelos começaram a surgir em seu rosto”, comenta aflita Nitywawã Pataxó.
A qualidade de água na região também é precária. A Sesai ficou encarregada de fazer a instalação de canos, o que também não aconteceu. “Este é mais um dos vários casos na nossa aldeia, causados pela péssima qualidade da água que tomamos”, afirma Nitywawã.